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terça-feira, 13 de maio de 2008

Histórias do Shopping 1

Hoje é dia de cumprir promessas, ou pelo menos é o que se ouve dizer, e por isso aqui vai. Prometi que ia contar a história da minha última ida a uma dessas outras catedrais do consumo. No caso foi ao NorteShopping na bela cidade do Porto e foi, imaginem só, numa sexta-feira à noite.

Chegar até foi fácil, a dificuldade começou quando quis estacionar o bólide. Tive que o levar, pois o encontro era lá. É sempre uma maçada, dois carros. Mas não dava mesmo para ser de outra maneira e lá acabei por consegui deixá-lo no -2 na zona vermelha, a mais longe da entrada. Ainda vinha com a farda do trabalho o que é muito prático para identificação, mas pouco prático para a hora e o local. No mínimo desfasado da euforia do fim-de-semana. Que maravilha, dois dias inteiros fora do contexto do trabalho, que seca para outros. Para mim nem uma coisa nem outra pensava enquanto as escadas rolantes me iam levando para o piso de cima e, “en passant” (tinha que meter uma de tio, não acham?) lá ia observando a paisagem, ou a mole humana, como diria qualquer comentador de futebol esclarecido.

Que fantástica maravilha, tanta gente à procura do mesmo…Sim, porque não acredito que com esta crise de que toda a gente fala, os compradores fossem muitos. Ao longe lá vi uma família carregada de sacos que se dividia entre as lojas de gadgets e de roupas para criança. Mas era a minoria de certeza.

Fiquei na dúvida se a maioria estava à pesca ou à caça de qualquer coisa, mas todos, de certeza estavam a procura de alguma coisa e a fazer horas para ir para outro lado. Estavam no Matrix deles e eu tinha entrado muito mal. Não era o personagem certo para este filme. O erro foi no casting, mas já que estava, deixei-me estar. Passado o primeiro impacto, aquela lufada de perfumes e aromas já estava em processamento, pronta para ser integrada e percebi que é uma experiência muito interessante, a Sexta-feira no NorteShopping. Não tão forte como o Sábado, mas muito variada em qualidade e abundante de quantidade. É uma questão de escolher, ou antes, de se deixar escolher. Essa treta de fixar o alvo, tipo tropa, acabou há muito, vamos lá acordar, sff! O menino tem andado muito distraído, com as suas ocupações profissionais e não anda a ver o que se passa á sua volta! Tá tolinho de todo…

E é mesmo assim, nós não escolhemos, detemos o nosso olhar e naqueles microsegundos iniciais em que os nossos olhares se cruzaram fica tudo definido… Há hipótese ou não há. As possibilidades de “com alguma luta até dava” já não existem. Não há tempo a perder nesta fase. A seguir sim, é preciso batalhar um pouco, que as mulheres continuam a saber controlar o processo. Nesses instantes iniciais temos que ser capazes de transmitir esta questão do “sabes que se tu quisesses eu também queria”, dizendo ao mesmo tempo o contrário “queria se tu quisesses”. A coroa, é conseguir o triangulo “quero. E tu também queres?”. Se conseguirmos (e conseguimos) passar esta informação, nesses milésimos de segundo, a nossa escolha já está feita. Vamos nessa Vanessa! E que me desculpem todas as mulheres que usam esse nome. No caso do NorteShopping também aparecem umas Banessas, mas é engano.

E ainda bem que tudo continua na mesma. Assim gosto. Para a próxima vão os detalhes, porque ….
Porque…Porque será? Claro: Os detalhes são o percurso e o percurso é o mais interessante do passeio! Quando chegamos ao destino, o passeio terminou. Há que voltar para casa, não é?

Obrigado e até breve!

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