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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O complexo de Tíaaa na Gestão

Encorajado pelos “feedback” das minhas teorias sobre a gestão moderna, julgo ter identificado um novo tique, nesta clique (quem faz rimas sem querer é giro a valer) de novos G'Tores.
Ainda não o registei, mas fica publicado, para posterior registo. Este tique tem a sua origem na total falta de prioridades nos projectos, como se, antes da construção de um hotel, enquanto se analisam as possibilidades de classificação, número de quartos e tipologias, se marquem reuniões para decidir os bordados das toalhas dos quartos, que vão ficar muito bem...

Este tipo de situação, em que as prioridades e as oportunidades são perfeitamente ignoradas e escamoteadas, passou, para mim, a simbolizar uma atitude que identifico como o “Complexo de Tíaaa na Gestão”.

É evidente que nesse caso, como noutros, os accionistas não têm que se preocupar com prioridades de “fundo” como engenharia financeira, legalização dos empreendimentos, cumprimento de normas legais, contratos de trabalho, como também não deviam preocupar-se com questões do dia-a-dia. Naturalmente que, não se interessando pela vertente estratégica, pode parecer estranho que se interessem pelas questões tácticas do dia-a-dia... O que não significa que não possam e devam contribuir com todas as sugestões que entendam e que muitas vezes enriquecem os projectos, em qualquer um dos níveis mencionados.

Este complexo de Tíaa aplicado à medicina, teria também a sua graça. Imagino o paciente em paragem cardio-respiratória, a precisar de cuidados urgentes, e o médico a dizer que o moribundo não tem a barba feita, ou que a moribunda não tem as unhas arranjadas...Imagino a situação na ambulância. Será por atrasos provocados por este tipo de complexos que estão a nascer tantas crianças nas ambulâncias? Os atrasos dever-se-ão à necessidade de se vestirem as parturientes a rigor, antes da chegada da ambulância?

No planeta Emp-Reza o complexo manifesta-se quando os gestores têm este tipo de atitudes de Tíaaa. E isso é que é complicado gerir. Os saltos constantes entre planos que deveriam estar relativamente compartimentados, se não no espaço, pelo menos no tempo. Imagino a situação da empresa a quem foi cortado o crédito e a gestão preocupada com a decoração do balcão onde tem as contas bancárias...

Cá o Titi, às vezes também brinca com alguma dissonância cognitiva, mas é só brincadeira, alguma malícia e ironia qb, com as suas questões perfeitamente descontextualizadas e sem qualquer sentido de oportunidade. A sério nunca! Trabalho é trabalho e cognac é cognac. Julgo que bagaço também será bagaço...

E sabe tão bem brincar, quando se pode...

Vai um leitinho para a mesa de reuniões? Talvez um capilé. É pa si, não é? E pá menina um leitinho perfumado?

6 comentários:

  1. É bom saber que não sofres do mesmo e que trabalho é trabalho, e coca-cola é coca-cola... (será?)
    I used to be addicted to the stuff... (coke... not work, for goodness sake!)

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  2. "Pôr a carroça à frente dos bois" está muito em voga, até no dia a dia das famílias.
    Felizmente que há quem como o Tio percorre percursos diferentes.

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  3. Também há complexos de tiiiiiiiiiia na minha escola. Como lá ia a inspecção, andaram a distribuir flores e plantas pelos blocos de aulas, mas o ginásio continua com o piso todo levantado devido à chuva e os alunos sem aulas de Ed. física!

    Viva a estupidez!!!

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  4. Eva,
    Também me sabe bem uma coca-cola,com gelo e limão. E se for com algo mais alcoólico, também ;)

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  5. Maria Teresa,
    Pos é. E às vezes não é só à frente. E ao lado, por baixo, por cima, atrás...Pobres bois! Aturam cada um! Essa comparação está o máximo!

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  6. Diabinhos,
    É mesmo isso. A casa está a cair e nós preocupados com a cor das molduras dos quadros!
    É a cultura do powerpoint (com um assessor para fazer os slides)!

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Hmmm! Let's look at the trailer...